Imunização

Apenas duas cidades da região atingiram meta de vacinação

Somente Arroio do Padre e Pedras Altas atingiram os 95% de cobertura recomendados pelo Ministério da Saúde

Infocenter -

Um em cada quatro municípios brasileiros tem cobertura abaixo da meta estipulada pelo Ministério da Saúde em relação à vacinação infantil - 95% de crianças até dois anos imunizadas. Na área de abrangência da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde, composta por 22 municípios, apenas Arroio do Padre e Pedras Altas atingiram tal índice no ano passado em todas as vacinas obrigatórias: pentavalente, pneumocócica, poliomielite e tríplice viral. Frise-se: mesmo com os números preocupantes, o órgão considera 2017 o ano de melhores resultados na cobertura vacinal. Oportunidade para otimizar este quadro é a Campanha Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde contra Sarampo e Poliomielite, que terá início em agosto.

Se levada em conta a pactuação que o governo do Estado promoveu, estipulando 75% de cobertura como número aceitável, cinco outros municípios atingiram a meta no ano passado: Arroio Grande, Canguçu, Chuí, Jaguarão e Piratini. São especialmente preocupantes os dados relativos a Herval - 7,04% de cobertura em relação à poliomielite, 9,86% referente à tríplice viral e 5,63% relativa à pentavalente.

A volta da poliomielite é, atualmente, a maior das preocupações. Antes considerada erradicada no Brasil, ela voltou a assustar por conta da baixa vacinação. Na região, em 2017, cinco cidades - Cerrito (42,62%), Chuí (43,1%), Cristal (7,04%), Pelotas (35,65%) e Santana da Boa Vista (38,24%) - não conseguiram atingir metade da cobertura. Com isso, a 3ª CRS se tornou a região com mais cidades presentes na lista de 17 localidades gaúchas com tal problema naquele período.

Em 2018, o desafio
Se analisados os quatro primeiros meses de 2018, pouca alteração é notada. Dois municípios atingiram os 95% em todas as quatro vacinas: Arroio do Padre e Turuçu. Outros cinco conseguiram chegar em 75% ou mais: Amaral Ferrador, Arroio Grande, Santa Vitória do Palmar, São José do Norte e São Lourenço do Sul.
De acordo com o titular da 3ª CRS, Gabriel Andina, os números baixos têm diversos motivos. O primeiro deles é a mudança no sistema de cadastro das informações. Ele afirma que houve treinamento para os funcionários, mas há ainda uma diferença considerável entre pessoas vacinadas e vacinações cadastradas.
Porém, os números de imunizações são mesmo assim baixo, ele admite, e a desinformação tem sido vilã. Nas redes sociais, circula uma imensidão de campanhas alertando acerca da suposta ineficácia e até mesmo efeitos colaterais da vacina. É fundamental, nesse sentido, destacar a importância da imunização: é através dela que o organismo recebe estímulo para a produção de anticorpos, estabelecendo a defesa contra agentes infecciosos. Em relação à poliomielite, a vacina é a única forma de prevenção.


A especialista em imunização da 3ª CRS, Cláudia Berardi, acrescenta que é preciso uma campanha mais forte através do Ministério da Saúde para alertar sobre a necessidade de se tomar todas as doses, principalmente da vacina contra a poliomielite, administrada aos dois, quatro e seis meses de idade. "O pessoal traz o filho para tomar a primeira e depois não volta mais", comenta.

Campanha nacional
Destinadas a quem tem mais de um e menos de cinco anos de idade, as vacinas contra sarampo - tríplice viral - e poliomielite ocorrem de 6 a 31 de agosto. Elas estarão disponíveis nos postos de saúde e no Centro de Especialidades. O ano de 2018 é importante nesse sentido, tendo em vista surtos de sarampo no Brasil e a possível volta da paralisia infantil ao país.

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